Após a chegada da nova administração ao HGE de Eunápolis, que teve início praticamente nesta segunda-feira, 12, ocorreram nos bastidores, algumas manifestações por parte de alguns vereadores, inclusive, eles já estão se organizando para fazerem seus questionamentos ao prefeito Robério, que se encontra na capital do Estado.
Neste momento, se prolifera algumas resistências por parte de certos políticos que faziam daquela unidade de saúde, um campo farto para angariarem votos dos mais humildes e necessitados. Visto que a ausência do estado, incentiva este tipo de politicagem barata. Essa seara está com os dias contados. Barganhar um voto de um enfermo é crime. Além de ser imoral, indecente, e acima de tudo desumano e antiético. O povo precisa ter acesso a um atendimento de qualidade, prestado pelo município. Sem ser objeto de barganha e de troca.
Recentemente estivemos visitando o hospital público de Eunápolis, o HGE, para analisarmos, várias questões, dentre elas, a interferência direta dos vereadores e políticos, não só do município, mas pessoas de outros cidades, ligadas de alguma forma ao gestor Robério Oliveira, e que se acham no direito de usar dessa amizade para de um jeito ou e de outro encaminharem doentes, ou seja, seus eleitores, e familiares de amigos para o hospital do município.
Apesar de o HGE ter apresentado uma qualidade de atendimento de bom padrão, tocada pelo ex-diretor Jairo Júnior, e sua equipe, (ele que deixa a unidade para tocar a sua campanha política dentro de alguns dias), comparável aos demais existentes na região, tem também suas deficiências que precisam ser reparadas com certa urgência, já que dentro de alguns dias estará recebendo equipamentos de altíssimo nível, como: Tomógrafo, UTI, equipamentos de Pediatria e outros serviços. Logicamente, esta unidade de saúde precisa ser administrada por novos profissionais sem os vínculos diretos com o prefeito, com o objetivo de tornar o hospital, uma entidade com gestão indireta, e que tire do gestor a responsabilidade direta das questões do cotidiano.
O HGE precisa praticar um atendimento de primeira qualidade, e para isso, precisa contar com alguns fatores.
- Ausência de fatores políticos na administração
- Facilidade de aquisição de materiais, serviços e equipamentos
- Maior flexibilidade de recursos humanos, não estáveis (CLT)
- Cobrança constante por índices de qualidade
Existem pesquisa que apontam, que entre os 10 primeiros hospitais da rede pública, apenas 1 é de administração direta. Os trabalhos desenvolvidos em um hospital público com Administração Direta, sofre dificuldades diárias tornando difícil melhorar a qualidade do atendimento.
Para que a eficiência se alie à boa qualidade dos serviços, a moderna gestão pública ensina que a propriedade dos hospitais não pode ser estatal, nem deve privada: deve ser pública não-estatal, ou seja, deve caber a entidades sem fins lucrativos da sociedade civil. É impossível ao município controlar com eficiência o grande e variado número de serviços sociais e científicos que lhe cabe oferecer. Muito mais lógico, é recorrer à descentralização para entidades sem fins lucrativos que são as organizações sociais. Dessa forma, retira-se o serviço de dentro do aparelho do município, onde ele tende a ser monopolista e, por isso, mesmo ineficiente, e o atribui a uma organização da sociedade civil: a uma organização social.