Políticos da oposição reagiram nesta 5ª feira (9.out.2025) ao anúncio da aposentadoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, 67 anos.
- O deputado Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que Barroso deixa “milhares de presos políticos no Brasil, destruindo a vida de milhares de famílias e vidas”.
- Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou também no X que o ministro “sai marcado como o presidente da corte que permitiu que a ditadura do judiciário avançasse no País”.
- O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) disse que “ditadores também merecem se aposentar”.
- O deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) afirmou que Barroso está tentando se livrar da Lei Magnitsky e que “não vai dar certo”.
- O deputado Bilbo Nunes (PL-RS) disse que o ministro “pediu para sair, pois sentiu o péssimo clima do STF” e que um ministro “não pode participar de uma vida político partidária”.
Barroso anunciou nesta 5ª feira que irá antecipar sua aposentadoria da Corte.
Sob o aplauso de colegas do STF, disse que chegou a hora de “seguir outros rumos”. “Sinto que agora é hora de seguir outros
rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo”, declarou o ministro, que está na Corte há 12 anos, desde sua posse em 26 de junho de 2013, por indicação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A saída antecipada já vinha sendo considerada, como mostrou o Poder360. As especulações aumentaram depois que
Barroso deixou a presidência do STF, dando lugar a Edson Fachin, em 29 de setembro. Na sua última sessão plenária como presidente, citou o “custo pessoal” causado pela função.
Ele e 7 colegas foram alvos de sanções impostas pelos Estados Unidos, incluindo a revogação do visto norte-americano.
“Como todos nós sabemos, os sacrifícios e os ônus da nossa função acabam se transferindo aos nossos familiares e a pessoas queridas que sequer têm qualquer responsabilidade pela nossa atuação. Gostaria de me despedir com uma breve reflexão sobre a vida, sobre o Brasil e sobre o Supremo Tribunal Federal”, disse.
Barroso fez inúmeras pausas para beber água e ficou com a voz embargada. “Ao longo desse período, enfrentei e superei com dificuldades e perdas pessoais. Nada disso me afastou da missão que havia assumido perante o país e minha consciência de dar o melhor de mim na prestação da Justiça. Na presidência do
Tribunal e do CNJ, percorri o país, literalmente, do Oiapoque ao Chuí, em contato com magistrados e cidadãos, procurando
aproximar o Judiciário do povo”, afirmou.