"Cada dragão terá seu tempo", disse o monge. As maldades do Dragão também terão um tempo curto.
Perguntou o jovem: mestre, qual a serventia deste pobre dragão, gordo, infame, frio, sem alma? Quais as razões de sua pobre vida tão amarga, friorenta, reclusa, desamada e tosca?
O mestre respondeu: meu pequeno jovem, em nosso planeta ainda cabe seres assim, disforme, com os quais teremos que conviver. Na verdade, as fumaças desses seres escamosos, são baforadas filhas do demônio. São seres que passam pela terra, e que só causam amarguras, e onde tocam, tudo vira terra seca, abrigo de abutres cegos.
Esses pobres dragões, em nada acrescentam para a humanidade.