
O fim de ano de 2025 tem sido marcado pela escalada da tensão entre Estados Unidos e Venezuela, que, até este domingo (21), resultou na interceptação de três navios petroleiros em águas internacionais perto da Venezuela. O país sul-americano detém as maiores reservas da commodity no mundo e faz parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
A escalada dos atritos entre Washington e Caracas também reflete no preço do petróleo, que subiam nos contratos futuros durante as primeiras horas de negociação desta segunda-feira (22).
Na sexta-feira (19), após Donald Trump endurecer o discurso e não descartar um conflito com os venezuelanos, os preços de contratos futuros do óleo fecharam em alta pela terceira sessão seguida.
O barril WTI — referência nos EUA — fechou em alta de 0,9%, a US$ 56,52, enquanto o Brent, referência global, avançou 1,08%, para US$ 60,46 o barril.
Apesar das tensões, os desdobramentos da crise não têm sido claramente precificados, e o petróleo acumulou queda de mais de 1% na semana passada, em ambos os tipos.
Além do temor de conflito na costa do Caribe, outra guerra, na Ucrânia, também mexe com os humores dos mercados.
A Ritterbusch observa uma potencial de perda de fornecimento venezuelano como modesta, especialmente em comparação com os possíveis ajustes na futura oferta global de petróleo bruto, se um acordo entre Ucrânia e Rússia for alcançado.
Contudo, a empresa considera provável que a guerra se estenda ao longo de 2026.
Olhando para o futuro, a oferta abundante permanecerá como o fator dominante nos mercados de energia no ano que vem, alerta a Capital Economics.