As notícias sobre um toque de recolher em Porto Seguro, nesta segunda-feira, 16, imposto pelas facções criminosas do Mercado do Povo, no Baianão, e do bairro Campinho, na parte baixa da cidade, deixou a cidade em estado de alerta. As notícias se espalharam por toda cidade, culminando com o fechamento de lojas nessas localidades. Foi uma segunda-feira negra para as comunidades.
Apesar de parecer tranqüila, a cidade vivia um drama silencioso e de medo. Durante todo o dia a Polícia Militar recebia centenas de ligações de pessoas querendo saber informações sobre o toque de recolher, e sobre supostos homicídios na cidade.
O clima fico tenso, principalmente no Baianão, e na área central da cidade e assim foi durante todo dia, no fim da tarde o pânico aumentou entre os comerciantes, muitos fecharam as portas. Os alunos não foram às escolas com medo.
Nas redes sociais o assunto teve repercussão. Foi divulgado durante o dia que elementos em uma caminhoneta Hilux branca ordenavam o fechamento das lojas. O que se comenta nos bastidores, é as duas facções estão em vias de um confronto. A Polícia diz que a população deve ficar tranqüila.
À noite, a faculdade Unesulbahia encerrou as aulas mais cedo, temendo a violência em Porto Seguro. A cidade, hoje pela manha está tranqüila. Através das redes sociais a população pede paz!
Um áudio enviado a esta redação mostra a fala de um homem dizendo: “A comunidade não está fechada com os bandidos. Ousadia da comunidade que não fecha com eles. Não fecha com nós. Há mais de vinte anos fechada com nós. Nós luta com nossos ideais. Só vai parar quando Deus saber o momento certo, quando alguém vencer, enquanto isso, a bala vai comer mesmo sem dor. Precisamos da força da comunidade. Se fechar na idéias de ser sempre nós, vai parar. A polícia não faz nada pela comunidade. Se você fechar nas idéias, vamos pocar esses comédias tudo. Por isso é que tá essa onda aí. Precisamos da força da comunidade. A comunidade é a força de tudo, senão não havia política”.
PONTE DO JEQUITINHONHA
