A ponte sobre o rio Jequitinhonha, no extremo sul da Bahia, construída há mais de 40 anos, quando da inauguração da rodovia BR 101, vem apresentado problemas estruturais há muito tempo. Várias reclamações já foram encaminhadas para o Dnit. Não é a primeira vez que carros despencam ali, deixando vitimas.
Toda sua estrutura está precisando de intervenções por parte do Governo Federal. O seu vão com mais de 500 metros não oferece segurança alguma. Sempre que um veículo pesado passa, o vão balança, um problema grave e assustador.
Na manhã desta terça-feira, 11, o agazetabahia.com foi ver de perto o local onde o ônibus da empresa Rota, caiu com 35 passageiros. No local há poucos metros cabeceira, o que restava do guarda corpo eram fragmentos de vergalhão enferrujado, retorcido, mais fino que um lápis. Um dos pontos, onde o guarda corpo foi arrancado com o impacto, não apresentava presença de ferragem, apenas o cimento.
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O guarda rodas, local para passagem de ciclistas e pedestres tem largura de 59 centímetros, o guarda corpo tem apenas 50 centímetros, mais baixo que os joelhos de uma pessoa adulta.
O espaço entre a pista e o guarda rodas tem menos 70 centímetros. O pior, o vão central da pista por onde passa milhares de carretas, com cargas de milhares de toneladas, não chega a 7 metros de largura e apresenta fissuras.
Pelo que se observamos, o guarda corpo está totalmente fora dos padrões modernos. O espaço para o pedestre com apenas 55 centímetros, deve ter hoje 2 metros e meio de largura em cada lado, e a pista de rolagem deve seguir o mesmo padrão das rodovias com 12 metros de largura, segundo normas do Dnit/ISF 2016, que define os serviços e projetos para as obras de arte nas rodovias federais.
Portanto, há de se perceber que a tragédia com o ônibus da Rota, na ponte do Jequitinhonha, no último sábado, poderia ser evitada, se o Governo Federal tivesse um olhar mais atento para a rodovia BR 101, e tivesse liberado os recursos para o alargamento da ponte.
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GRAVES DENÚNCIAS / INSS
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