
O Brasil alcançou em 2025 o maior nível de endividamento público de sua história recente. Segundo o relatório do Tesouro Nacional, divulgado em julho, o estoque da dívida pública federal (DPF) atingiu 8,1 trilhões, um aumento de 2,77% em relação ao mês anterior. O número representa um novo marco nas finanças brasileiras e reacende o debate sobre sustentabilidade fiscal, custo da dívida e capacidade do governo de manter o equilíbrio das contas públicas.
Especialistas afirmam que o patamar recorde reflete uma combinação de fatores: a política de juros elevados, os gastos obrigatórios crescentes e o aumento dos desembolsos com previdência e subsídios. Embora parte da expansão seja natural em economias emergentes, o crescimento acelerado preocupa porque eleva os custos de rolagem da dívida e pressiona o espaço orçamentário para investimentos públicos.
De acordo com o Tesouro, o principal motivo da alta foi a emissão líquida de títulos públicos para financiar o déficit orçamentário e refinanciar vencimentos. Apenas em junho, o governo emitiu R$ 168 bilhões em novos papéis, aproveitando um momento de maior demanda por títulos prefixados e indexados à inflação.