Quem tem criança em casa conhece os desafios impostos pelos cuidados com a saúde dos pequenos. Ter que levar os filhos para colher exames e aplicar vacinas e injeções, para muitos, é sinônimo de medo, estresse e apreensão, mas não precisa ser assim!
Além do desconforto emocional para o paciente e para os pais e responsáveis, o estresse na hora da coleta ainda pode alterar os resultados de alguns exames de sangue.
“É fundamental buscar uma unidade de laboratório que tenha coleta/vacinas pediátrica especializada e treinada que proporcione a criança uma boa e confortável experiência, evitando stress e futuros traumas que possam prejudicar a adesão a exames e vacinas”, explica Sylvia Lemos, infectologista do Leme, unidade de medicina diagnóstica da Dasa em Salvador (BA).
A especialista dá dicas para amenizar esse estresse e tornar a rotina de saúde dos pequenos mais tranquila para eles e para os pais:
Segurança e conhecimento dos adultos
SL: Nada assusta mais a criança do que ver os pais ou responsáveis assustados. Com o desconforto dos adultos, a criança perde toda a referência de segurança que tem. Pais tranquilos e confiantes do procedimento a ser realizado ajuda muito. Por isso é importante que a família esteja segura do laboratório ou hospital que frequentam, conheçam os profissionais e saibam exatamente o que será feito.
Seja transparente
SL: Os pais e responsáveis precisam ser verdadeiros com os filhos e não esconder o que será feito. Explicar como funcionam os exames e vacinas aos quais a criança será submetida é essencial. Também é importante esclarecer os motivos pelos quais os procedimentos precisam ser realizados e não mentir se algum deles causar alguma dor ou desconforto. Quando a criança entende o porquê de estar indo ao médico ou a um laboratório ela vai mais segura e tranquila do procedimento.
Não use cuidados com a saúde como castigo
SL: É preciso tratar os cuidados com a saúde como algo positivo e não como castigo. Precisamos acabar com a cultura de punir alguma atitude negativa da criança com argumentos como “eu vou te levar para tomar injeção”, por exemplo. Esses argumentos criam uma sensação de medo e a rotina de saúde dificilmente será positiva para a criança acostumada a ouvi-los.