O presidente da maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria, Marcelo Castelli, disse que a empresa vai ampliar seus investimentos em 20013 para até R$ 1,25 bilhão, ante R$ 1,15 bilhão em 2012, mas manterá o foco na gestão do endividamento e na reconquista da classificação “grau de investimento”.
O orçamento, segundo executivo, não contempla uma decisão, já no próximo ano, sobre a implantação da segunda linha na fábrica de Três lagoas (MS), que originalmente entraria em operação em outubro de 2014.
“Hoje, o nosso foco é reduzir o custo da dívida e recuperar o grau de investimento”, disse Castelli. Ele também ressaltou que o maior investimento deve-se à destinação de mais recursos para as florestas de Aracruz, com vistas a aumentar a produtividade destes ativos. “Nosso plano base não considera uma decisão sobre o projeto Horizonte 2 no ano que vem”, reiterou. A expansão da fábrica sul-mato-grossense segue nos planos da companhia, que já firmou contratos de compra de madeira para entrega futura e de arrendamento de terra. Contudo, o projeto, somente será levado ao conselho de administração quando as condições de mercado forem favoráveis.
Na entrevista concedida ao site painelflorestal.com.br, o presidente da Fíbria, nada falou sobre a ampliação da fábrica da Veracel Celulose, situada no município de Eunápolis. O projeto que já passou por várias audiências públicas, sendo motivo de expectativa por parte do empresariado e da sociedade regional, parece que está engavetado. Mesmo com o governador da Bahia Jaques Wagner ensaiando apoio para que a duplicação aconteça.
Parece que o gargalo está no volume adicional de celulose que chegará ao mercado nos próximos meses e que vai pressionar as cotações da matéria-prima.
Neste mês, entrou em operação a primeira unidade da Eldorado Celulose e Papel. Entrou em operação também a primeira unidade da fábrica da Suzano Papel e Celulose, no Maranhão e as fábricas da Stora Enso e da Arauco, em Montes Del Plata, no Uruguai.
Por causa disso, os próximos três anos serão desafiadores para a indústria de celulose, com destaque para 2014. “Serão anos difíceis”, afirmou Castelli.
Nos municípios próximos à Veracel Celulose a expectativa quanto à imediata duplicação da fábrica são enormes. Seria uma grande fonte geradora de emprego, aglutinando outros investimentos. Dessa forma, dentro do que falou o presidente da Fibria, caberá aos novos prefeitos buscarem recursos juntos às esferas governamentais ou atraírem novos projetos para seus municípios, e com urgência.