A decisão de Ronaldo Carletto em escolher o ex-prefeito Neto Guerrieri para ser o pré-candidato do Avante, no município de Eunápolis, configura uma das mais escancaradas traições na história das eleições nesta localidade.  Um caso raro de se ver!

É notório que o presidente municipal Kaká Resolve, que desde o ano passado vem se articulado, juntando pessoas, gastando dinheiro para organizar o partido neste município, nas entrelinhas já sabia que seria banido pelos interesses do grupo dos Carletto.

O que se ouvia, vindo dos amigos de Carletto, era deboches e desdéns com o projeto novo de Kaká. O presidente do Avante na Bahia, nunca se manifestou sobre Resolve. Nem mesmo se fez presente no encontro do Avante, realizado em Eunápolis, no dia 01 de setembro do ano passado, no Hotel Oceania, se dispondo a fazer apenas um pequeno e inconsistente vídeo sem dizer que Kaká era o nome do partido.

Na verdade, o presidente municipal foi traído em fogo brando. Fritado demoradamente.
Resultado, o próprio Guerrieri, um chegante no ninho pronto do Avante, recebeu de Carletto o veredito e o aval para "chegar chegando", jogar Kaká no escanteio, e se autoproclamar o futuro candidato.
Neste sábado, 04, durante o Encontro Nacional do Avante, no Centro de Convenções na Avenida Octávio Mangabeira, em Salvador, o presidente estadual da agremiação se fez fotografar com Neto Guerrieri, confirmando que este é de fato o seu escolhido. Decepcionado, Kaká não pisou os pés no evento. Já sabia que seria humilhado.

Hoje, o quadro que se  mostra dentro do Avante em Eunápolis é angustiante. É de nítido sentimento de traição, com provável desmantelo e um provável racha dentro do grupo. 
Por certo, Kaká deve se submeter a essa humilhação, recuar sob a "livre espontânea pressão", podendo até mesmo permanecer à frente do Avante, contudo, sem nenhuma motivação para maiores esforços ou pedir votos para Guerrieri.  Isso não é bom!