O secretário de Meio Ambiente e Agricultura do município de Eunápolis, Pedro Vailant, conversou com a reportagem do agazetabahia.com no fim da tarde desta segunda-feira, 18, poucas horas antes, do incêndio que tomou conta dos bambuzais na encosta da Rua da Bica, no Centro da Cidade.
Durante a entrevista, o secretário falou sobre o delicado momento em que vive o município, atravessando uma das piores secas da história.
Disse que durante 30 anos de história climática da região, nunca uma seca impactou tanto como agora.
Apontou as secas de 2003, 2008 e 2015 como as mais aguçadas. Mas a que se vive hoje, ficará nos anais. "Neste período, tivemos, além da falta de chuvas, temperaturas muito altas com índices de insolação elevado. Associado a esses fenômenos, diferente dos outros anos tivemos uma incidência de incêndios muito grande. Nunca vistos na região. A cidade não tem estrutura para fazer frente a tantos focos de incêndios", explicou Pedro.
Questionado como o município tem apagado os incêndios que pipocam por todos os lugares, ele salientou que está se valendo dos esforços pessoais, e dos apoios eventuais do Corpo de Bombeiros de Porto Seguro e das Brigadas da Veracel. "O prefeito Robério está atento e muito preocupado com a seca no município e os focos de incêndios que se proliferam no município. A Prefeitura fez a sua parte para a instalação da sede do Corpo de Bombeiros nesta cidade, aguardando apenas as formalidades legais demandadas pelo Governo do Estado", pontuou.
Outra grave questão com relação a seca, pior ainda que os incêndios, são os efeitos da estiagem sobre as atividades agrícolas, especialmente nas lavouras do café, mamão e outras atividades, neste município. "Os agricultores ainda se recuperam da seca de 2015. Os prejuízos decorrentes dessa estiagem serão enormes para a economia do município", finalizou Pedro Vailant.
Seca compromte safra de café
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