Os municípios de Guaratinga, Belmonte, Itapebi, Itagimirim e Itabela, na região Costa do Descobrimento, no extremo sul da Bahia, estão ficando cada vez mais isolados em todos os sentidos.

Politicamente, os prefeitos estão cada vez mais isolados, sem representatividade, longe da mídia, sem comunicação e sem prestígios nas esferas governamentais.

Na questão econômica, as cidades sedes desses municípios, a cada ano, vem perdendo forças. Sem meio de sobrevivência, as populações entraram em um modo de vida sem nenhuma perspectiva de crescimento social, cultural e econômico. A maioria das pessoas trabalham nas prefeituras, sobrevivem do assistencialismo do Governo Federal e de pequenos bicos.

Os prefeitos permanecem cada vez mais isolados, longe dos holofotes. As vias públicas na parte da tarde, se tornam ruas mortas, com baixo movimento. Os tradicionais eventos, que faziam parte do calendário, perderam-se na falta de recursos, ou por medo da violência.

A situação está ficando cada dia pior. E as expectativas são as piores. Talvez, todo esse drama tenha como responsável, a política avassaladora do governo central.

A crise é antiga

Desde 2010 que a Confederação Nacional dos municípios tem alertado sobre a crise que tem predominado sobre municípios pequenos. Com pouca atividade econômica e dependentes dos repasses da União, estão perdendo receita no período pós-crise. Já os com arrecadação própria e economia com alto valor adicionado experimentam um outro cenário, de elevação de receitas.

A transferência de recursos federais, feito pelo Fundo de Participação dos Municípios, teve grande recuou. Municípios que dependem das transferências do FPM são os que enfrentam mais dificuldades no período pós-crise.

Os Municípios mais prejudicados são os menores, de perfil agropecuário e que possuem apenas a produção básica. Eles têm pequena arrecadação própria e repasses reduzidos de ICMS.

Município de Itapebi

Município de Belmonte

Município de Itabela