Os acusados do crime do radialista Ronaldo Santana, morto a tiros no dia 09 de outubro de 1997, na Avenida Duque de Caxias, na cidade de Eunápolis,  Paulo Dapé, Dudu, Toninho da Caixa e Maria Sindoiá, foram absolvidos na tarde desta quarta-feira, 16, depois de 3 dias de Júri Popular.

A sentença foi proferida no início da tarde pelo juiz Otaviano Andrade Sobrinho após os jurados considerar que havia provas consistentes contra os quatro acusados.

Os jurados votaram pela absolvição e decidiram considerando a ausência de provas conforme requeria os advogados de defesa, sendo eles: Aloísio Freire e Maurício Vasconcelos, de Paulo Dapé; Marcos Melo e Igor Saulo, de Maria Sindoiá; Antônio Pitanga, de Dudu; e Fabrício Frieber, de Toninho da Caixa.

Os promotores Ariomar da Silva e Luiz Ferreira Neto, sustentavam a condenação do ex-prefeito Dapé como principal responsável pelo crime.

Desde o ano de 1997 que o processo vem se arrastando, servindo de trampolim para embates políticos no município. Ao longo de mais de duas décadas, os quatro absolvidos carregaram nas costas o peso das acusações, e sofreram danos irreparáveis e suas vidas.

Por outro lado, os familiares dos radialista assassinado, têm sobrevivido sob a dúvida, de onde partiram as ordens para matar o comunicador, e terão que conviver pelo o resto de suas vidas em meio à impunidade.

Crimes contra a comunicação têm sido corriqueiros em todo Brasil, a maioria advém pelas mãos dos coronéis da política, que de certa forma, continuam matando os profissionais das maneiras mais adversas.

O crime de Ronaldo Santana é mais uma violenta impunidade contra a imprensa. Os acusados foram absolvidos, mais a sua morte continuará na lembrança de todo eunapolitano por muitas gerações.

Que esta data permaneça na memória de todos e que sirva de exemplo para aqueles que pensarem em atentar contra os profissionais da comunicação.