Os discursos do Papa Francisco nesta quarta-feira, 24, seguindo-se nesta quinta-feira, deixaram alertas profundos na sociedade brasileira. Principalmente quando abordou temas sociais graves que assolam esta nação, bem como, os municípios da região do extremo sul da Bahia.
O descaso imposto pelo Governo do Estado e Governo Federal aos municípios do extremo sul da Bahia, tem origem no enfraquecimento político local. A base política da região está fragmentada, despedaçada pela vaidade dos prefeitos, ex-prefeitos e lideranças políticas que pensam de forma errônea, embasados na idéia de que todo adversário político é inimigo, com isso, criando uma base frágil e sem representatividade nas esferas estaduais e federais.
O quadro é desolador. Alguns prefeitos acreditam, que sozinhos são fortes o suficiente para adentrarem o Palácio de Ondina, o Congresso Nacional, secretarias de estado e ministérios para reivindicarem investimentos para seus redutos.
Há muitos anos que os municípios, mesmo os pequenos e esquecidos se dividem, como se fossem tribos inimigas, ou grandes adversários.
Isso não é diferente das cidades maiores a exemplo de Eunápolis, Porto Seguro, Teixeira de Freitas. Fato corriqueiro também nas pequenas cidades como, Itagimirim, Itapebi, Guaratinga, Itabela e outras. Quem ganha com isso são os políticos espertalhões, os chamados “copas do mundo”, que nesse motim, encontram brecha para se lambuzarem e se elegerem a cada eleição, para depois sumirem, sem nenhum compromisso com as comunidades.
Quem perde com isso é o povo. Pois os desafetos na política, logo se arrumam nos caminhos eleitorais, se abraçam, se beijam, e a razão, esta se perde nesse histórico perverso.