A crise econômica que atinge o Brasil já é percebida claramente na Bahia. Em Salvador é surpreendente o número de placas de aluguel em espaços que até pouco tempo abrigavam empresas. Nos shoppings a rotatividade também é alta, mas passa despercebida porque as administrações desses centros conseguem disfarçar com mais eficiência o fechamento das lojas.
O alto custo de aluguel nos shoppings da cidade é apontado pelos empresários como um dos principais motivos para a falência dos lojistas. Para ter uma ideia, o aluguel de um pequeno quiosque num shopping da capital baiana sai por R$ 12,5 mil. Considerando que o aluguel deve representar entre 8 a 12% do faturamento de uma empresa, isso significa que, para bancar o espaço, o empresário deve faturar acima de R$ 100 mil por mês.
O fechamento e a abertura de empresas é um bom termômetro da atividade econômica. De acordo com dados da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), apenas no período de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano, foram abertas 11.973 empresas, cerca de 690 a menos que igual período de 2012.
Já com relação aos números de empresas extintas, os dados merecem atenção. Nos seis primeiros meses deste ano, 1.111 empreendimentos foram fechados, contra 924 do mesmo período de 2012, um crescimento de 20%. E um detalhe: os Micro Empreendedores Individuais (MEI) são os que mais sofreram. Apesar de ser o grupo responsável pelo maior número de empresas abertas (8.722 em 2013 e 9.427 em 2012) são também os que mais sentiram os efeitos da crise econômica. No ano passado, de acordo com dados da Juceb, apenas um MEI fechou as portas. Nos seis primeiros meses deste ano, o número já chega a 203. Mas esse número pode ser maior, considerando que muitos empresários não informam o fechamento de seus negócios. O momento é de alerta e de apertar os cintos.
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