Bahia, 29 de Abril de 2024
ECONOMIA

Pequenas cidades no extremo sul da Bahia entram em colapso e vivem um dos piores momentos
Nos últimos anos, a crise financeira tem atingido as cidades menores de forma aguçada
Por: Jackson Domiciano
16/07/2013 - 15:32:45

 A gritante falta de recursos, e a enorme redução no comércio, estão inviabilizando as administrações públicas dos pequenos municípios no extremo sul da Bahia, que vivem à beira da falência e sem perspectivas.  Os prefeitos desses municípios não conseguem dinamizar suas gestões, pela falta de verbas e de investimentos por parte do Estado. Não existe geração de emprego e renda. O Governo da Bahia, sempre ausente, abandonou de vez os municípios da região, que vivem de pratos nas mãos. A situação se agrava a cada dia. Os imóveis cada vez mais desvalorizados se deterioram. A população jovem busca recursos e estudam em outras cidades maiores.

Nos últimos anos, a crise financeira tem atingido as cidades menores de forma aguçada, que sobrevivem sem nenhuma perspectiva de melhorias de vida das comunidades locais.

No campo, onde se poderia viver melhor, nada tem acontecido de expressão. Os antigos moradores estão endividados pelo crédito fácil, e pelo olhar obscuro do governo, que opta mais pelo programa Bolsa Família e outros atrativos, que só prejudicam e viciam o camponês.

A atual situação em que sobrevive o homem do campo leva inúmeras famílias a deixarem suas antigas moradias onde viveram por muitas gerações, a migrarem para os bolsões das áreas urbanas dessas pequenas cidades, já com tantos problemas e desafios.

Tudo isso está ajudando a extinguir o pequeno comércio dos municípios pequenos, e de economia agrícola e pode até tornar inviável a administração das pequenas cidades.

Sem dinheiro, o agricultor não compra, o comerciante não vende, e os pequenos municípios ficam ainda menores. As pequenas propriedades rurais dessas regiões estão abandonadas e improdutivas.

No interior de muitos municípios como Itapebi, Itagimirim, Guaratinga e Belmonte, os agricultores já estão sendo sustentadas por aposentadorias e vivem praticamente ociosos.

  "O comércio nas cidades desses municípios está lutando, mas só consegue algum movimento na parte da manhã quando os órgãos municipais e bancos estão abertos, e quando o agricultor recebe o dinheiro do leite, da aposentadoria, do Bolsa Família ou das pequenas produções. Com o dinheiro da produção o agricultor tenta pagar a conta que deixou, mas muitos nem isso conseguem

 

Cidade de Guaratinga onde boa parte das famílias são sustentadas por aposentados e população vive praticamente ociosa

Centro de Itapebi, quase sem movimento comercial e social

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