As próximas semanas marcam o início das aulas em muitas escolas e também o primeiro contato de alunos do ensino infantil com o ambiente escolar. A expectativa é grande não só para os menores de 6 anos, mas também para pais, responsáveis e professores. Para que essa experiência seja mais tranquila para todos os envolvidos, a coordenadora do curso EAD de Pedagogia da Unijorge, pedagoga e historiadora, Luciana Onety, ressalta a importância da condução em parceria entre a família e a escola.

No espaço familiar, Luciana orienta que seja mantida a rotina, sem ter alterações bruscas em horários e indica que seja feita uma adaptação antes. Os responsáveis podem fazer um reconhecimento prévio, com uma visita à escola para criar uma familiaridade. “Como tudo é novo, as crianças podem se sentir vulneráveis e inseguras e, ao explorar os espaços que vão ocupar, ao brincar e conhecer as pessoas com quem vão interagir, a ambientação ficará mais fácil”, diz.

Quando as aulas começarem, quem for levar a criança, deve conduzi-la com muita calma e tranquilidade, e, se puder, evitar colocá-la no colo, deixando-a caminhar. “Sabemos que os pais sofrem nos primeiros dias de aula da educação infantil, mas é preciso passar segurança para os pequenos, ter uma atitude positiva e não tratar a situação como uma despedida dolorosa. Deve ser explicado o que está acontecendo e sempre falar a verdade”, destaca a coordenadora.

Na escola é muito importante que todos conheçam os alunos antecipadamente, principalmente os que tiverem algum tipo de necessidade especial. O ambiente deve ser feliz, preparado para o acolhimento, com ações lúdicas, com músicas, dança e atividades que envolvam tanto os professores, como o pessoal de apoio. O contato próximo da escola com a família é fundamental e, caso o aluno tenha dificuldade na adaptação, pode ser solicitado que os pais permaneçam no local por um tempo maior ou que sejam acionados para buscar mais cedo.

Segundo Luciana, “a educação infantil é uma fase essencial para o desenvolvimento de habilidades e da socialização, dessa forma, não deve ser de sofrimento e insegurança. É um momento de ter paciência e respeito ao tempo e necessidade de cada criança”.