Bahia, 29 de Março de 2024
POLÍTICA

Dilma Rousseff começa a naufragar o seu projeto político para a reeleição e perder a nitidez perante o eleitor
A presidente Dilma Rousseff nos últimos dias começa perder sua aura, o brilho de sua estrela, e a nitidez de sua face, diferente dos anos anteriores.
Por: Por Jackson Domiciano
02/09/2014 - 16:27:05

A presidente Dilma Rousseff nos últimos dias começa perder sua aura, o brilho de sua estrela, e a nitidez de sua face, diferente dos anos anteriores, quando falava com euforia e garra, a exemplo do discurso de abertura na  68ª sessão do debate geral da Assembléia Geral das Nações Unidas, na sede da Organização, em Nova York, no dia 24 de dezembro do ano passado.

A Dilma de agora, é a presidenta que leva vaias das torcidas, que perde a popularidade, que despenca nas pesquisas, que vê o seu Governo sem forças, com a recessão batendo à porta, e seus aliados silenciosos, prestes a fugirem do barco, como ratos.

Dois meses depois do discurso na ONU, ela foi a Bruxelas, no fim de fevereiro deste ano, e nitidamente dava sinais de fragilidade,  começando a se perder em seu raciocínio.  Na ocasião, conforme cita Reinaldo Azevedo em seu blog, ela fez algumas reflexões desconexas sobre a Venezuela e a Ucrânia.   Dilma sugeriu que em certas circunstâncias, a ditadura pode ser até tolerável; tentou omitir o óbvio apoio que seu governo dá à Venezuela e evidenciou por que a liderança regional do Brasil é pífia.  “Para o Brasil, é muito importante que se olhe sempre a Venezuela do ponto de vista dos efetivos ganhos que eles tiveram nesse processo, em termos de educação e saúde para o seu povo”.

Logo na abertura do discurso na sede do Conselho da União Européia, Dilma disse que o Brasil tem interesse na pronta recuperação da economia européia, “haja vista a diversidade e a densidade dos laços comerciais e de investimentos que existem entre os dois países” – reduzindo a UE à categoria de “país”.

Em seguida, para defender a Zona Franca de Manaus, Dilma caprichou: “A Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela (da Floresta Amazônica) porque é a capital da Amazônia (…). Portanto, ela tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo (…)”. Assim, graças a Dilma, os europeus ficaram sabendo que Manaus é a capital da Amazônia, que a Zona Franca está lá para impedir o desmatamento e que as árvores são “plantadas pela natureza”.

Dilma continuou a falar da Amazônia e a cometer desatinos gramaticais e atentados à lógica. “Eu quero destacar que, além de ser a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, mas, além disso, ali tem o maior volume de água doce do planeta, e também é uma região extremamente atrativa do ponto de vista mineral. Por isso, preservá-la implica, necessariamente, isso que o governo brasileiro gasta ali. O governo brasileiro gasta um recurso bastante significativo ali, seja porque olhamos a importância do que tiramos na Rio+20 de que era possível crescer, incluir, conservar e proteger.”

Depois, em discurso a empresários, Dilma divagou, como se grande pensadora fosse, misturando Monet e Montesquieu –  “Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e algumas mulheres são, e por isso que as instituições têm que ser virtuosas. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet.”

Quem sabe, a Dilma de ontem tenha sido uma mera imagem norteada, e agora, uma estadista abandonada por seus companheiros. Uma espécie de conspiração, para alguns planos como o “volta Lula”.  

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