A compra de acessos configura-se crime cibernético, conforme dita a Lei 2126/11, do Marco Civil da Internet. Uma vasta documentação está sendo encaminhada à Polícia Federal em Porto Seguro, ainda esta semana, por um empresário eunapolitano, mostrando detalhes da malandragem. O tal crime que tem como objetivo enganar os internautas e clientes.

Com base nos dados colhidos através do painel do Alexa no dia 17 de julho, o site atarde.uol.com.br obtinha na data, o Rank in Brazil 392, enquanto o site sulbahianews.com.br, de Teixeira de Freitas estampava no Rank in Brazil 736.  Sites de pequena audiência, a exemplo do Bahiadiaadiaa.com, de Itabela, no  extremo sul da Bahia, estava no Rank 1.267, enquanto o site Bahianoticias.com.br, um  dos maiores do Nordeste, detinha o Rank in Brazil de 749.  Sites como o Bocãonews.com.br, com enorme audiência em todo estado, obtinha apenas, o Rank 858. Já o site politicalivre.com.br, da capital baiana, estava ranqueado em 4.953.

 Conforme matéria publicada no site Bahia40graus.com.br, nesta terça-feira, alguns sites da região extremo sul da Bahia vêm apresentando índices de audiências duvidosos. Supostamente obtidos por meio de compra de acessos, uso de softwares ou esquemas desenvolvidos para esta finalidade. O fenômeno tornou irreal o ranking regional baseado no rankeador Alexa, já que alguns números não correspondem mais à realidade.

É bom frisar que os acessos comprados ou turbinados também aparecem no Google Analytics, propagado como estatística “real”. Um dos truques utilizados é usar uma programação que multiplica cada acesso real por um número maior de page views (páginas acessadas).

Há casos, por exemplo, de sites regionais que trazem pautas locais com audiência no Alexa bem à frente da audiência do site Bahia Notícias, seguramente o noticioso mais lido do estado, com milhões de acessos comprovados por mês e uma pauta bem mais abrangente.

Em outros casos, sites inexpressivos despontam à frente de sites mais populares, mesmo trazendo pautas inexpressivas e não gozando de credibilidade jornalística. A suposta fraude alcança também a rede social facebook, com números forjados de curtidas e visualizações.

Autoengano - Audiência de mentira é como um cliente pagar a uma prostituta para ela declarar amor por ele... E depois de ouvir a declaração, o cliente passar a acreditar naquela mentira e se apaixonar pela profissional do sexo, chegando a pedi-la em casamento. O recurso desonesto dos sites que estão comprando audiência não engana o mercado.