A aprovação da redução da maioridade penal para crimes hediondos e graves na madrugada de quinta-feira, 2 de julho, pela Câmara dos Deputados, por 323 votos favor, 155 contra e 2 abstenções, que determina que jovens com mais de 16 anos e menos de 18 anos sejam punidos como adultos quando praticarem crimes hediondos, homicídios dolosos (com intenção de matar) e lesão corporal seguida de morte divide opiniões no Governo, mas agrada a população.  Os deputados governistas não gostaram e acusaram o presidente Eduardo Cunha, de fazer manobra, e garantem que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

Essa situação tem duas vertentes que precisam ser vistas com muito cuidado a partir de agora. O Governo Federal que se manteve distante da realidade juvenil, aplicando paliativos e metodologias fracassadas para doutrinar e edificar a juventude, agora se vê na responsabilidade de investir bilhões de reais nesse segmento, para não ter que superlotar as cadeias. Por outro lado, a população se vê vingada, depois de ser tripudiada por jovens delinquentes e irresponsáveis que praticam crimes bárbaros e são soltos em seguida, como se nada tivesse acontecido.