Bahia, 18 de Abril de 2024
Por: Jackson Domiciano
18/10/2017 - 10:15:58

Impedir o abate de animais em lugares sem higiene, e sem a mínima condição sanitária, a exemplo das matanças que se proliferam em matadouros clandestinos, da forma mais escandalosa e imprópria que nos remete aos tempos medievais é quase impossível nos municípios da Costa do Descobrimento, que engloba Porto Seguro, Belmonte, Itapebi, Itagimirim, Guaratinga, Itabela, Cabrália, e seus respectivos distritos e povoados

Os perigos de se consumir esse tipo de produto, são enormes. Além dos riscos de contaminação durante o processo de abate e transporte, o armazenamento e o preparo deste alimento podem fazer a diferença para a saúde do consumidor. Também é de suma importância, observar a origem na hora da compra, dos subprodutos dos animais abatidos.

Os produtos obtidos a partir do abate clandestino, sem a devida inspeção veterinária oficial, podem ser vetores de doenças e infecções alimentares. Entre as enfermidades infecciosas e parasitárias mais frequentes, comprovadamente encontramos as que são comuns ao homem e aos animais, são as chamadas zoonoses, constituindo-se na atualidade como os riscos mais frequentes. Por sua vez, a demanda cada vez maior de alimentos de origem animal constitui fator decisivo para aumentar os riscos de exposição às zoonoses.

Aos olhos humanos, alimentos aparentemente normais podem abrigar micro-organismos perigosos para a saúde pessoal e com a carne não é diferente. O produto, se contaminado pode causar desde pequenos transtornos até a morte. Um dos problemas mais comuns é a toxinfecção alimentar (infecção adquirida através do consumo de alimentos contaminados por bactérias ou suas toxinas) que pode levar o consumidor à morte. Outro risco dos alimentos em más condições sanitárias é a teníase, doença causada por parasitas. Geralmente ela é transmitida pelo consumo de carne contaminada com cisticercos (larvas do verme), não bem cozida ou assada, que pode causar sérios riscos ao organismo, inclusive problemas nervosos e cegueira quando estiver associada à neurocisticercose (infecção no sistema nervoso). Mas existem outras doenças que também são transmitidas dos animais aos seres humanos, por meio dos produtos cárneos, a exemplo da tuberculose e brucelose, entre outras.

É oportuno destacar que a população de Porto Seguro consume quase toda sua carne bovina sem inspeção. Carnes de milhares de animais são consumidas no bairro Baianão, oriundas de abates clandestinos.

No município de Guaratinga, centenas de animais são abatidos da forma imprópria. Um fato vergonhoso que atenta contra a saúde pública daquela comunidade.

Nos municípios como, Itapebi, Itagimirim, Cabrália, Belmonte e Itabela, o abade clandestino predomina abertamente aos olhos das autoridades municipais.

Diante desse quadro, um verdadeiro crime que se pratica contra a saúde pública, o Estado não tem forças, nem equipamentos e nem material humano capaz de coibir o abate clandestino.

Enquanto isso, a população consume carne com doenças como, a tuberculose, brucelose, verminoses, e outros tipos parasitas e doenças.

Quanto aos municípios, os departamentos de vigilância sanitária também não têm forças para fazer as devidas inspeções. Em algumas localidades, não existem matadouros para os abates, e os produtos consumidos em feiras livres e açougues tornam-se focos de sérias enfermidades e com sérios prejuízos para todos.

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