Bahia, 20 de Abril de 2024
Por: Jackson Domiciano
12/07/2017 - 09:12:22

O ex-prefeito de Itagimirim, Giovanni Brillantino, foi à emissora de rádio Estação FM, naquela localidade e saiu em defesa do governo da prefeita Devanir Brillantino, sua esposa, salientando que a gestora tem feito uma administração diferente, com rigor, ética e respeito aos servidores e à população. Questionado pelo entrevistador, sobre a greve deflagrada pelos professores há cerca de trinta dias, Giovanni foi categórico ao afirmar que o Plano de Carreira da Educação do município foi um Plano Eleitoreiro endossado pelo ex-gestor e que tem causado sérios danos à administração pública municipal. Disse ainda, que não justifica o professorado encabeçar uma greve, com seus salários totalmente em dia.

“Pelo que se observa, tudo que é favorável à APLB, a categoria aprova, e o que não é favorável, eles criam caso. Não justifica parte, do professorado ganhando R$ 1.800,00 enquanto têm professores recebendo R$ 7.800,00 com as mesmas 40 horas trabalhadas, disse Giovanni”.

O ex-gestor ressaltou ainda, que o Plano da Educação elaborado pelo ex-prefeito, foi fruto de um acordo com a APLB e que o prefeito nem se quer leu o teor do documento.

O ponto mais alto de sua entrevista, foi quando ele denunciou que o município paga em média R$ 320 mil destinados a folha da Educação, e no entanto, apenas 23 professores, esses que encabeçam a tal greve, serem os responsáveis pelo recebimento de R$ 160 mil, cerca de 60% de todo recurso.

“Fica muito claro, que esses professores que recebem super salários, estejam na linha de frente de uma greve que já está sendo analisada pela Justiça. Eu tenho certeza que mais de 60% dos educadores querem retornar às salas de aulas, e que estão sendo proibidos de entrarem nas escolas. Eles querem fazer greve de qualquer forma, indo de encontro com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, ressaltou Giovanni.

Colégio Othoniel Ferreira dos Santos, há mais de 30 dias sem aula

Seguindo a pauta, o ex-prefeito esclareceu que quando os professores fazem greve com salários em dia, existem servidores que estão há oito anos sem ganho real em seus salários. Falou que o município está emperrado, e que a presidente da APLB, Geovana Amaral entende que todo recurso do Fundeb é somente para pagar os professores. “Eu estou reafirmando que o município de Itagimirim não tem condições de arcar com tantas despesas. Os aumentos para os professores foram irregulares, e não é porque foram irregulares que a prefeita deve continuar. A população não pode sofrer com uma greve que já está sendo definida pelas mãos da justiça. O que não pode é 1.700 alunos fora da sala de aula”.

O ex-gestor foi mais adiante, desafiou, e disse que a presidente da APLB recebeu em abril de 2015, um salário de R$ 11 mil e que no ano de 2016 ela pediu ao ex-prefeito que lhe pagasse o 13º antecipado, perfazendo um salário de R$ 12 mil, fato que não é moral.

“É preciso que os professores repensem as ações encabeçados por um pequeno grupo de professores e pela presidenta da APLB”, finalizou Giovanni.

Prefeita do município de Itagimirim, Devanir Brillantino

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