Bahia, 19 de Abril de 2024
Por: Jackson Domiciano
29/03/2017 - 09:05:57

Poucas empresas de médio e grande porte têm interesse em construir suas plantas no município e no entorno da cidade de Eunápolis, em decorrência da falta de políticas públicas voltadas para a grave questão que é a falta do saneamento básico.
Existem muitas dificuldades para que os empresários do ramo imobiliário façam seus investimentos em Eunápolis, uma vez que, além da infraestrutura, ainda se comprometem em construir as bases de tratamento de esgoto, o que onera os projetos e os colocam emparedados com os órgãos ambientais.
Sem o esgotamento sanitário, peça de fundamental importância para a saúde pública e para a natureza, o entorno de Eunápolis vive um grave problema de ordem ambiental. Todos os seus rios, riachos, córregos e nascentes estão comprometidos, além do lençol freático urbano, e periférico.  Na questão urbana, está evidente o comprometimento, em razão das mais de 35 mil fossas, algumas cobertas e desativadas há anos, com profundidades enormes. 


No entorno periférico, a cidade tem ao norte, um lixão antigo, perverso e fora dos padrões, comprometendo todo manancial naquela região. Na região sentido o distrito da Colônia, outro antigo gargalo afeta o manancial e o lençol freático, que é o Frigorífico, que trabalha há anos sob uma maquiagem aos olhos das autoridades ambientais.
Bem no Centro da cidade, eis que se depara com um dos piores crimes ambientais, bem aos olhos de todos, que são os esgotos de hospitais, laboratórios, hotéis, e clinicas jogados diretamente na nascente e na lagoa localizada atrás da Companhia da Polícia Militar.
Ainda no entorno da cidade todos os rios e córregos estão sendo atingidos de alguma forma pelos esgotos e dejetos de empresas e loteamentos que lançam seus descartes de forma camuflada e até acintosamente.


Veja os casos do Córrego do Gravata, do Rio das Velhas,, do Piaçaval, do Sapucaieira, além das nascentes.
Nenhuma cidade na Bahia, do porte de Eunápolis sobrevive sem o esgotamento, a lei determina isso. É uma questão de saúde pública e que atinge em cheio o desenvolvimento econômico no município e destrói o meio ambiente.
Os órgãos ambientais estão engessados, o INEMA, não pode punir o próprio estado. Nem tem forças para inibir a destruição dos mananciais eunapolitanos.
É visível que a cidade terá que enfrentar esse problema de frente, sem rodeios, olhando nos olhos das autoridades e cobrando soluções imediatas para essa grave questão.

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