Bahia, 20 de Abril de 2024
Por: Jackson Domiciano
25/09/2016 - 10:09:46

O Estado se define como pré-falido. Seus cofres estão arruinados, tanto que o salário dos servidores pode ser parcelado. Conforme declaração do prefeito Neto Guerrieri, durante encontra do candidato Robério com as mulheres, na quinta-feira. A situação é delicada, e se afunila no emperramento do esgotamento sanitário de Eunápolis, uma novela que se arrasta há anos, com muitas conversas, com muitos argumentos, mas, que nada se resolve, e, a população hoje, de 114 mil pessoas, tem que sobreviver sobre lama, o esgoto a céu aberto, grotões desumanos, e fossas. A pujança econômica da cidade, outros avanços naturais, uma vez que o Estado é omisso, não servem de pano para esconder esse grave problema social e de Saúde Pública.  Logo agora, com a vinda de uma faculdade de medicine, a cidade ainda navega em fossas.

A verdade é única. O Brasil não dá importância ao saneamento básico. As populações se acostumaram conviver entre lama e fezes, entre fossas e velha latrinas.

Um levantamento do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o Brasil gasta mal os recursos aplicados em saneamento. De acordo com o jornal O Globo, os números do estudo apontam que 46% das 851 obras contratadas com recursos do FGTS no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não foram concluídas, estão paralisadas ou sequer foram iniciadas. O documento da FGV avalia que a ineficiência da gestão dos recursos, aliada à má qualidade dos projetos de engenharia e a dificuldades na obtenção da titularidade dos terrenos estão entre as razões para o índice de contratos em situação inadequada.

Para uma das autoras do estudo, a engenheira sanitarista Irene Altafin, os números mostram que não é apenas a falta de recursos que impede o País de avançar na universalização dos serviços de água e esgoto.

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